terça-feira, 5 de março de 2013

A Crise do Secularismo - Pat Condell





A Crise do Secularismo por Pat Condell
 Quando os clérigos não tem nada melhor para fazer, o que normalmente é o tempo todo, eles adoram reclamar sobre a ameaça do secularismo, que eles sempre pintam como um barbarismo, essencialmente; um tipo de pesadelo totalitário ateísta onde a religião foi erradicada e todos voltamos para um tipo de selvageria hedonista amoral. 
Bem, seja lá o que isso possa ser, e por mais atraente que isso possa soar para algumas pessoas, isso não é secularismo.
Secularismo não significa ausência de religião.
Significa religião para aqueles que querem e nenhuma religião para aqueles que não a querem.
Significa liberdade de religião e liberdade de não religião em igual medida, para variar, 
significa menos poder, privilégio e influência imerecidos para a organização política da religião e para as pessoas que vivem dela, mas para ninguém mais.

Desta forma, naturalmente os clérigos o consideram coisa de Satã.
Da mesma forma que os líderes evangélicos, de acordo com uma pesquisa no último verão (verão de 2012)
Apesar de que muitos cristãos estão, com razão, preocupados com o crescimento do Islã, seus líderes, aqueles que vivem da sua religião, consideram o secularismo um ameaça maior.

Claro que consideram. (à propósito, envie dinheiro agora mesmo em nome de Jesus)
Recentemente um juiz cristão americano fez a extraordinária declaração, de que o secularismo leva à Sharia, o que mais ou menos equivale a dizer que a penicilina causa infecções. 
Os juízes americanos não são conhecidos como sendo as luzes mais brilhantes na árvore de natal.
De modo que provavelmente podemos dar a este cara o benefício da dúvida e assumir que ele estava confundindo secularismo com multiculturalismo favorável ao Islã. 

Uma pessoa que se opõe ao cristianismo mas que permite e propicia ao Islã não é um secularista.
A palavra para tal pessoa é "dhimmi" [N.T. defensor do Islã, pejorativo]
Bem, existem outras palavras, mas quero manter o linguajar neste vídeo o mais limpo possível de modo que a família toda assisti-lo.

Na verdade, o secularismo é a única maneira de garantir que a Sharia nunca tenha um ponto de apoio, assim os cristãos, se tivessem o mínimo de compreensão, estariam lutando e votando por ele em massa.
Se tivessem o mínimo de compreensão!
A verdade é que o secularismo está hoje sob a ameaça de uma maneira que nunca esteve por muitos anos, graças parcialmente à natureza descomprometida da religião de ofensa permanente, e também graças a nossa ridícula cultura de acomodação e injustificável respeito pela crença religiosa, o que os líderes cristão estão explorando ao máximo, claro, porque antes de mais nada e principalmente, eles são políticos. 
Eles não parecem se importar que, ao desvirtuar o secularismo para seus próprios fins egoístas, estão auxiliando e encorajando a mais virulenta e perigosa forma de religião do planeta, o islamismo político.
Diferente do pecado fantasioso de negar o espírito santo, esse é um pecado realmente imperdoável.
Porque o Islã tem tido destaque na vida ocidental por apenas um par de décadas, e ainda assim nesse curto espaço de tempo, ele conseguiu comer nossas liberdades civis básicas, com demandas constantes por tratamento especial, sempre suportadas pela ameaça implícita de violência. 
Como consequencia, nossa dieta doi adulterada com o barabarismo do "halal" [N.T. dieta islâmica de acordo com as leis da Sharia], temos cortes da Sharia aqui no Reino Unido, onde as mulheres são tratadas como humanos inferiores e em todo mundo ocidental temos sido confrontados com leis sobre os discursos de ódio que são mais perigosos que as opiniões que elas criminalizam, tudo em nome de não se ofender o Islã.
Qualquer que seja o lugar em que essa religião vá no mundo, há intolerância, conflito e as pessoas se tornam menos livres. A evidência está aí. Não temos desculpa. Está acontecendo bem na nossa frente na esteira da "primavera árabe". Certamente é óbvio que somente uma sociedade rigorosamente secular será capaz de manter o Islã sob controle. 
Bem, aparentemente não para os clérigos cristãos, que seguem espalhando despreocupadamente suas mentiras e descrevendo o secularismo como a epítome do mal. 
Ninguém mais diligentemente que o Papa de Roma que alega que o secualrismo deixou cicatrizes profundas em países tradicionalmente cristão. Mesmo ?
Eu aposto que em lugar nenhum elas são tão profundas quanto as que a Igreja Católica deixou.
Eu não devia ser tão modesto.
Ele diz, o papa Bento XVI, que a humanidade está tateando na escuridão, incapaz de distinguir entre o bem e o mal, quando na verdade no curso dos últimos anos tivemos ampla evidência de que é a Igreja Católica e os homens que a administram que são incapazes de distinguir o bem do mal.
Esse papa presidiu anos e anos de estupros de crianças por padres católicos e não fez nada à respeito, e então atacou o problema quando confrontado com ele.
Cada concessão teve que ser arrancada dele.
O fato de que algumas pessoas ainda o consideram uma fonte de autoridade moral é sinceramente perverso.
É como se O.J.Simpson se candidatasse a presidência dos EUA e tivesse uma vitória esmagadora.
Ainda assim este homem, lamentavelmente, tem a coragem de retratar o secularismo com algo imoral.
Para ele, a única coisa pior do que um secularista é um secularista usando uma camisinha. 
Ele até mesmo se deu ao trabalho de estabelecer um nova unidade evangélica dentro do Vaticano para combater o que ele chama de "crise do secularismo".
Está certo, a crise da liberdade relligiosa, a liberdade de cada um para acreditar no que quiser e para venerar o que quer que seja, mas não impor isso aos outros, o que, repetindo, é o que o secularismo na verdade significa. 
E o papa é contra isso, o que mostra que ele sabe mais do que Jesus, porque se todos seguíssemos o conselho de Jesus para manter a sua religião para si mesmo, o reino dos céus está em nosso interior, teríamos automaticamente uma sociedade secular, porque não haveria necessidade de organização política da religião ou dos parasitas profissionais que conhecemos como clero.
Eles são as únicas pessoas que de alguma forma são ameaçadas pelo secularismo, e é por isso que eles são aqueles que estão sempre berrando à respeito dele.
Paz.




PAT CONDELL (Vídeos enviados (lista de reprodução)

O Sentido da Vida por Barros (Blog DeusIlusão)

Qual o sentido de sua vida?
Observo as pessoas nas calçadas, nos bancos de praça e nas esquinas enquanto espero o sinal vermelho. Será que alguma vez as pessoas já se perguntaram sobre o sentido de suas vidas? Provavelmente não. Elas estão ocupadas demais em continuar girando, pois são uma pequena engrenagem que não faz a menor ideia de sua função dentro de uma máquina gigantesca.
 
São ignorantes de si mesmos, vejo-os como mendigos, catando ao longo de suas vidas as migalhas de prazer que dão sentido a ela. E os vejo como prisioneiros, precisando se conformar com o que têm dentro de suas próprias celas, e aprender a extrair o máximo de prazer do que está em volta. Seus corpos de animais podem facilmente ter satisfeitas suas necessidades mais básicas. Mas suas mentes são animais imateriais com um apetite insaciável. E elas se alimentam apenas de prazer, que, para quase todos nós, é consumido ao ritmo de migalhas ao longo dos dias, dos meses e dos anos.

O que fazer, então, nos intervalos entre uma e outra migalha? É preciso entrar num estado em que intencionalmente iludimos nossa consciência, colocando-a num transe de embriaguez anestésica, de suspensão forçada, em que a vida é vivida em marcha-lenta, à espera da próxima oportunidade de recompensa. Quando essa recompensa demora, é preciso acalmar a fera sedenta que nossos corpos carregam, e nós a sedamos com drogas saudáveis e prejudiciais, palavras-cruzadas, conversas improdutivas, informações inúteis; nós a distraímos com lembranças extremamente prazerosas, ao som de músicas que nos transportam de volta a um momento maravilhoso, ou nos levam para um futuro que jamais viveremos; nós a consolamos com romances e filmes que trazem para as nossas vidas as emoções que não conseguimos obter por conta própria, ou que sequer tivemos coragem de tentar.

Fazemos isso tão rotineiramente e há tanto tempo, que nunca nos demos conta. Mas observe o que acontece numa longa fila de banco ou de um supermercado e facilmente você identificará o processo. As pessoas estarão conversando com estranhos, ouvindo música, mexendo no celular, lendo uma revista… Poderão estar, também, totalmente absortas em seus próprios pensamentos, divertindo-se com alguma lembrança boa, ou imaginando uma situação imensamente prazerosa, por mais absurda, improvável ou impossível que seja. Repare bem em seus rostos e compare suas expressões e atitudes com as daquelas que estão apenas concentradas na sua real situação: a de ter que permanecer por vários minutos numa longa fila. Só aí você irá perceber a agonia do animal humano preso na sua cela sem nenhuma migalha de prazer para saciar seu apetite voraz.

Acredito que a quase totalidade de nós não tem noção do que é, nem do que é feito, nem de “para que serve”… Elas não têm para si as mesmas respostas que dariam sentido a um saca-rolhas. Para essas pessoas, a vida é completamente sem propósito; uma imposição do acaso incompreensível da existência em que se descobriram, no susto de quem desavisadamente cai num rio caudaloso e é arrastado pela correnteza. O melhor que conseguem fazer é se debater vigorosa e continuadamente para manter o rosto acima da superfície da água. Elas levantam de manhã, levam seus filhos para a escola, vão para o trabalho, enfrentam o trânsito, voltam para casa à noite, dia após dia, e nem mesmo sabem por que fazem o que fazem. Na verdade, sequer encontram tempo para refletir sobre isso, ou, pior, mentem para si mesmas ao assumirem que o sentido de suas vidas está vinculado à tola esperança de viver uma outra, para sempre, num mundo encantado repleto de prazeres.

Quando admitimos que, em última análise e em última instância, é o prazer que dá sentido às nossas vidas; quando percebemos que tudo o que fazemos — ou que deixamos de fazer — é para tornar mais frequentes as oportunidades de sentirmos prazer e reduzir as situações que possam nos privar dele, então todo o resto passa a fazer sentido. Quando descobrimos os limites de nossas próprias celas; quando identificamos o que nos dá prazer ao longo dos nossos dias, e o que fazemos entre esses momentos; somente aí é que podemos dizer que realmente estamos vivendo a nossa vida, em vez de estarmos sendo arrastados por ela.

Talvez somente essa consciência do que dá sentido à vida nos permita fazer, hoje, tudo o que estiver ao nosso alcance para vivermos da melhor maneira que pudermos, e aproveitarmos ao máximo a única vida que teremos. E também para que, no futuro, quando essa mesma consciência enfim nos alertar de que nosso tempo já está inadiável e inevitavelmente no fim, nós possamos nos conformar com nosso próprio destino, e aproveitar para chorar de saudade de todos os dias que vivemos. Em vez de chorar de tristeza por tê-los vivido tão pouco.

http://deusilusao.com/2013/03/05/qual-o-sentido-da-vida-fim/