Ateu Eletrônico
sexta-feira, 15 de julho de 2016
terça-feira, 5 de março de 2013
A Crise do Secularismo - Pat Condell
A Crise do Secularismo por Pat Condell
Quando os clérigos não tem nada melhor para fazer, o que normalmente é o tempo todo, eles adoram reclamar sobre a ameaça do secularismo, que eles sempre pintam como um barbarismo, essencialmente; um tipo de pesadelo totalitário ateísta onde a religião foi erradicada e todos voltamos para um tipo de selvageria hedonista amoral.
Bem, seja lá o que isso possa ser, e por mais atraente que isso possa soar para algumas pessoas, isso não é secularismo.
Secularismo não significa ausência de religião.
Significa religião para aqueles que querem e nenhuma religião para aqueles que não a querem.
Significa liberdade de religião e liberdade de não religião em igual medida, para variar,
significa menos poder, privilégio e influência imerecidos para a organização política da religião e para as pessoas que vivem dela, mas para ninguém mais.
Desta forma, naturalmente os clérigos o consideram coisa de Satã.
Da mesma forma que os líderes evangélicos, de acordo com uma pesquisa no último verão (verão de 2012)
Apesar de que muitos cristãos estão, com razão, preocupados com o crescimento do Islã, seus líderes, aqueles que vivem da sua religião, consideram o secularismo um ameaça maior.
Claro que consideram. (à propósito, envie dinheiro agora mesmo em nome de Jesus)
Recentemente um juiz cristão americano fez a extraordinária declaração, de que o secularismo leva à Sharia, o que mais ou menos equivale a dizer que a penicilina causa infecções.
Os juízes americanos não são conhecidos como sendo as luzes mais brilhantes na árvore de natal.
De modo que provavelmente podemos dar a este cara o benefício da dúvida e assumir que ele estava confundindo secularismo com multiculturalismo favorável ao Islã.
Uma pessoa que se opõe ao cristianismo mas que permite e propicia ao Islã não é um secularista.
A palavra para tal pessoa é "dhimmi" [N.T. defensor do Islã, pejorativo]
Bem, existem outras palavras, mas quero manter o linguajar neste vídeo o mais limpo possível de modo que a família toda assisti-lo.
Na verdade, o secularismo é a única maneira de garantir que a Sharia nunca tenha um ponto de apoio, assim os cristãos, se tivessem o mínimo de compreensão, estariam lutando e votando por ele em massa.
Se tivessem o mínimo de compreensão!
A verdade é que o secularismo está hoje sob a ameaça de uma maneira que nunca esteve por muitos anos, graças parcialmente à natureza descomprometida da religião de ofensa permanente, e também graças a nossa ridícula cultura de acomodação e injustificável respeito pela crença religiosa, o que os líderes cristão estão explorando ao máximo, claro, porque antes de mais nada e principalmente, eles são políticos.
Eles não parecem se importar que, ao desvirtuar o secularismo para seus próprios fins egoístas, estão auxiliando e encorajando a mais virulenta e perigosa forma de religião do planeta, o islamismo político.
Diferente do pecado fantasioso de negar o espírito santo, esse é um pecado realmente imperdoável.
Porque o Islã tem tido destaque na vida ocidental por apenas um par de décadas, e ainda assim nesse curto espaço de tempo, ele conseguiu comer nossas liberdades civis básicas, com demandas constantes por tratamento especial, sempre suportadas pela ameaça implícita de violência.
Como consequencia, nossa dieta doi adulterada com o barabarismo do "halal" [N.T. dieta islâmica de acordo com as leis da Sharia], temos cortes da Sharia aqui no Reino Unido, onde as mulheres são tratadas como humanos inferiores e em todo mundo ocidental temos sido confrontados com leis sobre os discursos de ódio que são mais perigosos que as opiniões que elas criminalizam, tudo em nome de não se ofender o Islã.
Qualquer que seja o lugar em que essa religião vá no mundo, há intolerância, conflito e as pessoas se tornam menos livres. A evidência está aí. Não temos desculpa. Está acontecendo bem na nossa frente na esteira da "primavera árabe". Certamente é óbvio que somente uma sociedade rigorosamente secular será capaz de manter o Islã sob controle.
Bem, aparentemente não para os clérigos cristãos, que seguem espalhando despreocupadamente suas mentiras e descrevendo o secularismo como a epítome do mal.
Ninguém mais diligentemente que o Papa de Roma que alega que o secualrismo deixou cicatrizes profundas em países tradicionalmente cristão. Mesmo ?
Eu aposto que em lugar nenhum elas são tão profundas quanto as que a Igreja Católica deixou.
Eu não devia ser tão modesto.
Ele diz, o papa Bento XVI, que a humanidade está tateando na escuridão, incapaz de distinguir entre o bem e o mal, quando na verdade no curso dos últimos anos tivemos ampla evidência de que é a Igreja Católica e os homens que a administram que são incapazes de distinguir o bem do mal.
Esse papa presidiu anos e anos de estupros de crianças por padres católicos e não fez nada à respeito, e então atacou o problema quando confrontado com ele.
Cada concessão teve que ser arrancada dele.
O fato de que algumas pessoas ainda o consideram uma fonte de autoridade moral é sinceramente perverso.
É como se O.J.Simpson se candidatasse a presidência dos EUA e tivesse uma vitória esmagadora.
Ainda assim este homem, lamentavelmente, tem a coragem de retratar o secularismo com algo imoral.
Para ele, a única coisa pior do que um secularista é um secularista usando uma camisinha.
Ele até mesmo se deu ao trabalho de estabelecer um nova unidade evangélica dentro do Vaticano para combater o que ele chama de "crise do secularismo".
Está certo, a crise da liberdade relligiosa, a liberdade de cada um para acreditar no que quiser e para venerar o que quer que seja, mas não impor isso aos outros, o que, repetindo, é o que o secularismo na verdade significa.
E o papa é contra isso, o que mostra que ele sabe mais do que Jesus, porque se todos seguíssemos o conselho de Jesus para manter a sua religião para si mesmo, o reino dos céus está em nosso interior, teríamos automaticamente uma sociedade secular, porque não haveria necessidade de organização política da religião ou dos parasitas profissionais que conhecemos como clero.
Eles são as únicas pessoas que de alguma forma são ameaçadas pelo secularismo, e é por isso que eles são aqueles que estão sempre berrando à respeito dele.
Paz.
O Sentido da Vida por Barros (Blog DeusIlusão)
Qual o
sentido de sua vida?
Observo
as pessoas nas calçadas, nos bancos de praça e nas esquinas
enquanto espero o sinal vermelho. Será que alguma vez as pessoas já
se perguntaram sobre o sentido de suas vidas? Provavelmente não.
Elas estão ocupadas demais em continuar girando, pois são uma
pequena engrenagem que não faz a menor ideia de sua função dentro
de uma máquina gigantesca.
São
ignorantes de si
mesmos, vejo-os
como mendigos, catando ao longo de suas vidas as migalhas de prazer
que dão sentido a ela. E os vejo como prisioneiros, precisando se
conformar com o que têm dentro de suas próprias celas, e aprender a
extrair o máximo de prazer do que está em volta. Seus corpos de
animais podem facilmente ter satisfeitas suas necessidades mais
básicas. Mas suas mentes são animais imateriais com um apetite
insaciável. E elas se alimentam apenas de prazer, que, para quase
todos nós, é consumido ao ritmo de migalhas ao longo dos dias, dos
meses e dos anos.
O que
fazer, então, nos intervalos entre uma e outra migalha? É preciso
entrar num estado em que intencionalmente iludimos nossa consciência,
colocando-a num transe de embriaguez anestésica, de suspensão
forçada, em que a vida é vivida em marcha-lenta, à espera da
próxima oportunidade de recompensa. Quando essa recompensa demora, é
preciso acalmar a fera sedenta que nossos corpos carregam, e nós a
sedamos com drogas saudáveis e prejudiciais, palavras-cruzadas,
conversas improdutivas, informações inúteis; nós a distraímos
com lembranças extremamente prazerosas, ao som de músicas que nos
transportam de volta a um momento maravilhoso, ou nos levam para um
futuro que jamais viveremos; nós a consolamos com romances e filmes
que trazem para as nossas vidas as emoções que não conseguimos
obter por conta própria, ou que sequer tivemos coragem de tentar.
Fazemos
isso tão rotineiramente e há tanto tempo, que nunca nos demos
conta. Mas observe o que acontece numa longa fila de banco ou de um
supermercado e
facilmente você identificará o processo. As pessoas estarão
conversando com estranhos, ouvindo música, mexendo no celular, lendo
uma revista… Poderão estar, também, totalmente absortas em seus
próprios pensamentos, divertindo-se com alguma lembrança boa, ou
imaginando uma situação imensamente prazerosa, por mais absurda,
improvável ou impossível que seja. Repare bem em seus rostos e
compare suas expressões e atitudes com as daquelas que estão apenas
concentradas na sua real situação: a de ter que permanecer por
vários minutos numa longa fila. Só aí você irá perceber a agonia
do animal humano preso na sua cela sem nenhuma migalha de prazer para
saciar seu apetite voraz.
Acredito
que a quase totalidade de nós não tem noção do que é, nem do que
é feito, nem de “para
que serve”…
Elas não têm para si as mesmas respostas que dariam sentido a um
saca-rolhas. Para essas pessoas, a vida é completamente sem
propósito; uma imposição do acaso incompreensível da existência
em que se descobriram, no susto de quem desavisadamente cai num rio
caudaloso e é arrastado pela correnteza. O melhor que conseguem
fazer é se debater vigorosa e continuadamente para manter o rosto
acima da superfície da água. Elas levantam de manhã, levam seus
filhos para a escola, vão para o trabalho, enfrentam o trânsito,
voltam para casa à noite, dia após dia, e nem mesmo sabem por que
fazem o que fazem. Na verdade, sequer encontram tempo para refletir
sobre isso, ou, pior, mentem para si mesmas ao assumirem que o
sentido de suas vidas está vinculado à tola esperança de viver uma
outra, para sempre, num mundo encantado repleto de prazeres.
Quando
admitimos que, em última análise e em última instância, é o
prazer que dá sentido às nossas vidas; quando percebemos que tudo o
que fazemos — ou que deixamos de fazer — é para tornar mais
frequentes as oportunidades de sentirmos prazer e reduzir as
situações que possam nos privar dele, então todo o resto passa a
fazer sentido. Quando descobrimos os limites de nossas próprias
celas; quando identificamos o que nos dá prazer ao longo dos nossos
dias, e o que fazemos entre esses momentos; somente aí é que
podemos dizer que realmente estamos vivendo a nossa vida, em vez de
estarmos sendo arrastados por ela.
Talvez
somente essa consciência do que dá sentido à vida nos permita
fazer, hoje, tudo o que estiver ao nosso alcance para vivermos da
melhor maneira que pudermos, e aproveitarmos ao máximo a única vida
que teremos. E também para que, no futuro, quando essa mesma
consciência enfim nos alertar de que nosso tempo já está inadiável
e inevitavelmente no fim, nós possamos nos conformar com nosso
próprio destino, e aproveitar para chorar de saudade de todos os
dias que vivemos. Em vez de chorar de tristeza por tê-los vivido tão
pouco.
http://deusilusao.com/2013/03/05/qual-o-sentido-da-vida-fim/
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Os
mitos por trás da Era dos Mártires
(tradução
baseada em Google Tradutor e
adaptações by Carlos Souza)
Nos
primeiros 300 anos de sua existência, a tradição se mantém, o
cristianismo era uma religião que sofria perseguições. Os seus
membros foram perseguidos e executados, seus bens e os seus livros
queimados por uma cruzada intencional de imperadores no crescimento
dessa nova religião. Mulheres e crianças foram jogados aos leões
ou cozidos vivos em caldeirões, por multidões enlouquecidas
sedentas por sangue. Jesus, Estevão,
e os apóstolos foram apenas o começo.
Stephen's name means 'crown', and he was the first disciple of Jesus to receive the martyr's crown. |
O
cristianismo cresceu, e assim também as fileiras dos mártires. De
acordo com Eusébio, historiador do século IV, os primeiros
cristãos foram torturados, chicoteados, espancados e açoitados.
Dezenas de milhares foram condenados e levados aos anfiteatros para
enfrentar os animais selvagens, e forçados a lutar com gladiadores,
decapitados, estrangulados mansamente em cadeias, ou queimados
publicamente como sinal de vergonha. A história do cristianismo
antigo, como temos percebido, é uma história de vitimização e
dor. Ele sublinha a ideia de que os cristãos estão em desacordo com
o seu mundo, engajado em uma luta permanente entre o bem e o mal.
Mas essa
narrativa é baseada em poucos registros documentais.
Não há quase nenhuma evidência do período antes de Constantino,
tradicionalmente chamado de a Era dos Mártires, que apoie a ideia de
que os cristãos foram perseguidos continuamente. Essa ideia foi
cultivada por historiadores da Igreja, como Eusébio e Sozomen1
e pelos hagiógrafos2 , anônimos que editaram,
retrabalharam, e replicaram histórias sobre os mártires. A grande
maioria dessas histórias, porém, foram escritas durante os períodos
de paz, e muito tempo depois dos eventos que elas se propunham a
descrever. Mesmo aquelas histórias que são aproximadamente
contemporâneas esses eventos foram significativamente embelezados.
Os primeiros cristãos, como quase todos no mundo antigo, ampliaram,
atualizaram, e reescreveram seus textos sagrados. O problema não
está no uso desses textos como histórias religiosas, mas a sua
aceitação como registros históricos. A conta da perseguição e do
martírio codificado em textos faz declarações sobre os motivos dos
não-cristãos e do lugar dos cristãos no mundo. É facilmente
adotada para justificar a fragilidade e a polêmica em outros
contextos.
Não há dúvida de que os romanos executaram cristãos, assim como
eles executaram outros subversivos políticos e sociais. Há também
indícios de que houve períodos breves (DC 257-58 sob Valeriano e
303-5 tetrarquia de Diocleciano), quando os cristãos foram
deliberadamente escolhidos por legisladores romanos e
administradores. Mas os cristãos não foram vítimas de perseguição
sustentados pelos romanos, como foi mitificado na imaginação
popular. Para a grande maioria do período pré Constantino, os
cristãos floresceram.
Eles eram, como o escritor e cristão do século III Tertuliano
disse, capazes de ter sucesso na política, direito e negócios. Eles
não se escondiam, e nem nas catacumbas em Roma ou em geral. Na
véspera da Grande Perseguição de Diocleciano - que, a partir de
303, proibiu as escrituras cristãs, foram proibidas reuniões
cristãs e lugares de culto foram destruídos - uma igreja recém
construída situada em frente ao palácio imperial em Nicomédia, na
Turquia, foi um símbolo da confiança dos cristãos que viveram no
Império Romano.
Mesmo quando os cristãos eram mortos pelos romanos, esse era em
número muito menor do que normalmente é posto, e por uma mistura
complexa de razões, algumas sociais e políticas, que não poderiam
ser diretamente descritos como "religiosas". Na visão de
alguns governadores romanos, como Plínio, o Jovem, o cristianismo
não era uma religião, mas uma superstição politicamente
subversiva.
Decius as Mars (?) Museo Centrale Montemartini |
Eusébio e as gerações de cristãos criticaram o imperador Décio
por sua perseguição aos "ímpios" e viciosos cristãos em
torno de 250. No entanto, nenhuma das provas para a perseguição
romana no império de Décio sequer menciona os cristãos. Parece que
a tentativa de Décio "para reformar o império foi acerca de
uma uniformidade social, e não sobre o cristianismo. Antes de Décio,
o julgamento de cristãos foram ocasionais e solicitados por
autoridades locais, por mesquinharias e preocupações regionais.
É
compreensível que os cristãos se vissem como perseguidos, mas isso
não significou que os romanos estavam perseguindo eles. Há uma
diferença entre perseguição e repressão.
As fundações trêmulas do mito da perseguição não apareceram
como uma surpresa para a maioria dos estudiosos da história cristã
ou dos clássicos. Desde a publicação do Declínio e Queda de
Gibbon do Império Romano, a ideia de que os cristãos eram
perseguidos sistematicamente e de forma contínua foram corroídos
por uma sucessão de estudiosos. Mas como e por que a mitologia se
desenvolve?
A explosão na literatura do martírio no século IV deveu-se tanto à
popularidade dos mártires e na facilidade com que esses heróis
poderiam ser adaptados por autores qualificados para falar com
preocupações mais tarde teológicas e eclesiásticas.
Dizia-se, que na antiguidade tardia, que quando as histórias de
martírio fossem lidas em voz alta, os santos estariam
verdadeiramente presentes. Mártires tornaram-se consagrados em suas
lendas, nos textos e na arquitetura. Histórias locais foram
solidificados no culto dos santos, e os centros de culto que surgiram
em torno desses santos atraíram adoradores e, portanto, de locais de
adoração. A institucionalização dos mártires, e a concorrência
entre os centros religiosos, exigiram histórias cada vez mais
terríveis e dramáticas.
As visões e os milagres que foram muitas vezes
adicionados chamaram os fiéis cristãos a cidades obscuras e
santuários fora de caminhos habituais. Em troca, ofereceram a
comunhão com a memória dos heróis vitoriosos, por um breve
momento, e a divisão entre os assuntos celestes e terrestres
desapareceriam. Se os santuários apresentassem a oportunidade para o
contato pessoal com um mártir, as histórias geravam a narrativa e o
mapa conceitual para essas experiências físicas. Alegando a amizade
com os mártires levavam ao exagero mais piedoso e bem intencionado
falsificação. (assunto recorrente em toda estória de santo - nt).
visão e milagre - pintor anônimo |
Mártires foram figuras sedutoras porque sua disposição de sofrer e
morrer fizeram testemunhas inquestionáveis e representantes da
persuasão da igreja. Mais tarde os autores reformulavam seus
protagonistas santos em representações de ortodoxia e conduta
religiosa adequada. Uma anedota em que um mártir famoso denunciasse
um herege, valia mais que cem argumentos racionais sobre o motivo que
a posição herética estava errada. O apoio de um mártir para a
candidatura de um indivíduo para o episcopado oferecia a mais forte
espécie de endosso.
No século IV, por exemplo, Eusébio descreveu como o início de
Policarpo, bispo mártir cristão, uma vez denunciou o herege Marcion
romano como o "primogênito de Satanás". O historiador
mais tarde relatou como um grupo de mártires de Lyon escreveu cartas
a outras igrejas que condenaram as opiniões de um antigo grupo de
cristãos chamados os montanhistas e endossaram a candidatura de
Irineu, o futuro bispo da cidade. Essas histórias permitiram Eusébio
legitimar a sucessão de bispos na França e demonstrou a atitude
apropriada para subversivos religiosos.
Estudiosos,
no entanto, não foram capazes de deixar uma marca duradoura na
consciência popular. Muitos cristãos continuam a interpretar as
lutas individuais e comunitárias, como parte da história
tradicional de perseguição e do conflito entre o bem e o mal. E às
vezes, esse autoconceito inspirava grande coragem e heroísmo, ou
oferecia conforto para o sofrimento. Há lugares no mundo onde os
cristãos, membros de outras religiões e grupos políticos enfrentam
violência de fato. Em tais contextos, a linguagem da perseguição
pode ser útil.
Mas a retórica é muitas vezes cogitada em transmissões de
notícias, artigos de jornais, proclamados em debates políticos, e
invocados em sermões. A perseguição é facilmente
adaptada por grupos e indivíduos poderosos como uma maneira de
lançarem-se como vítimas, ganhando apoio, e justificando seus
ataques a outros. A maleabilidade dos mártires é especialmente
grave quando são tratados em massa. Os cristãos podem reivindicar a
opressão sofrida, assim que eles sintam oposição. Em termos de
narrativa cristã moldada em torno dos mártires, se você é
perseguido, você deve estar certo. É um truque bastante fácil:
se as reivindicações de alguém para ficar em favor dos mártires,
em que se autentica a sua mensagem, eles podem reivindicar que estar
certo.
As recentes eleições
presidenciais norte
americanas destacaram
esse ponto. Os
políticos escolheram suas palavras cuidadosamente para conseguir
apoio, Rick Santorum foi amplamente citado por ter dito que "Satanás
está atacando as grandes instituições da América"; Rick
Perry prometeu “Acabar com a guerra de Obama contra a religião".
Em 26 de janeiro de 2012, o dia em que Newt Gingrich disse em um
debate que ele entrou na corrida para a nomeação republicana, a fim
de combater a "guerra contra a religião e do cristianismo em
particular", um relatório apareceu e 35.000 pessoas, muitas
delas cristãs, foram forçadas a deixar suas casas na Nigéria por
um grupo islâmico. O êxodo em massa recebeu cobertura na mídia
menor que declaração de Gingrich. Isso é o resultado das notícias
na mídia americana (e das pessoas) interessadas em assuntos
nacionais, mas também reflete a extensão em que a retórica tem
triunfado na realidade.
A retórica de guerra e da perseguição não se limitam a uma
aliança política em particular. Artigos de opinião no Washington
Post e no The New York Times acusaram o Partido Republicano e do
Vaticano, respectivamente, de lançar cruzadas contra as mulheres.
Uma coluna de Maureen Dowd em junho passado, por exemplo, descreveu
"cruzada delinquente do Vaticano para empurrar freiras
americanas e todas mulheres católicas de volta à subserviência
bolorenta". Da mesma forma, um colunista do Post denunciou "a
jihad – guerra santa, judicial contra o Estado regulador".
Cardeal Marc Ouellet, PSS, |
E isso não é ironia apenas em dia de eleição. O Cardeal Marc
Ouellet, um dos atuais favoritos para o papado, descreveu a igreja
secular em Quebec como perseguida "por dizer a verdade."
Na compreensão do significado de ser cristão no mundo moderno, um grande de peso recai sobre a história da igreja primitiva. Mesmo que Jesus previra o sofrimento de seus seguidores, essa é a crença de que sua profecia fora comprovada no início da igreja que a ajuda a dar-lhe poder.
Na compreensão do significado de ser cristão no mundo moderno, um grande de peso recai sobre a história da igreja primitiva. Mesmo que Jesus previra o sofrimento de seus seguidores, essa é a crença de que sua profecia fora comprovada no início da igreja que a ajuda a dar-lhe poder.
Essa
ideia de que os cristãos são perseguidos sempre faz sentido o
argumento de que a discordância é idêntica à perseguição. Ela
fornece a lente interpretativa através da qual pode-se ver todos os
tipos de experiências cristãs como uma luta entre "nós"
e "eles", e omite a diferença entre o ódio e a injustiça,
e o desacordo sincero. Ela torna a colaboração, e até mesmo
compaixão, impossíveis.
Se a história antiga não é verdadeira, então, a retórica polarização moderna de martírio e perseguição se tornaram muito problemáticos. Talvez seja a hora de abraçar as virtudes que encarnaram os mártires, sem a falsa história que cresceu em torno deles.
Candida Moss é professora de Cristianismo Testamento e
início Nova na Universidade de Notre Dame. Seu livro "O Mito da
Perseguição: Como cristãos primitivos inventaram uma história de
martírio" será publicado este mês pela editora HarperCollins.
1-
Sozomeno
Sozomeno,
cujo nome era Hermas Sozomenus, foi um historiador que escreveu
acerca da Igreja cristã. Recolheu as tradições orais sobre a
história da Palestina, demonstrou estar familiarizado com a região
que rodeia Gaza. Wikipedia
2-
escritores do sagrado ou melhor possuídos por inspiração divina
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
The Myths Behind the Age of Martyrs
February 25, 2013
The Myths Behind the Age of Martyrs
By Candida Moss
Scholarship, however, has failed to leave a lasting imprint in popular consciousness. Many Christians continue to interpret individual and communal struggles as part of the traditional history of persecution and the conflict between good and evil. Sometimes that self-concept inspires great courage and heroism, or provides comfort to the suffering. And there are places in the world where Christians—and members of other religious and political groups—face real violence. In such contexts, the language of persecution can prove helpful.
But the rhetoric is too often bandied about in news broadcasts and newspaper articles, proclaimed in political debates, and invoked in sermons. Persecution is easily adapted by powerful individuals and groups as a way of casting themselves as victims, gaining support, and justifying their attacks on others. The malleability of martyrs is especially acute when they are treated en masse. Christians can claim to be oppressed as long as they feel opposed. In terms of the Christian narrative shaped around martyrs, if you are persecuted, you must be right. It's a rather easy trick: If anyone claims to stand in continuity with the martyrs, and if that authenticates their message, they can claim to be right.
The recent presidential election highlights that point well. At a time when politicians choose their words carefully to galvanize support, Rick Santorum was widely quoted for having once said that "Satan is attacking the great institutions of America"; Rick Perry vowed to "end Obama's war on religion." On January 26, 2012, the day that Newt Gingrich said in a debate that he had entered the race for the Republican nomination in order to fight the "war against religion and in particular Christianity," a report emerged of 35,000 people, many of them Christians, being forced to leave their homes in Nigeria by an Islamic group. The mass exodus received far less coverage than Gingrich's statement. Some of that is the result of the American news media's (and people's) interest in national affairs, but it also reflects the extent to which rhetoric has trumped reality.
The rhetoric of war and persecution is not limited to a particular political allegiance. Opinion articles in The Washington Post and The New York Times have accused the GOP and Vatican, respectively, of launching crusades against women. A column by Maureen Dowd last June, for example, described "the Vatican's thuggish crusade to push American nuns—and all Catholic women—back into moldy subservience." In like fashion, a Post columnist decried "the judicial jihad against the regulatory state."
Nor is this only Election Day banter. Cardinal Marc Ouellet, one of the current front-runners for the papacy, has described the church in secular Quebec as persecuted "for telling the truth."
In this understanding of what it means to be a Christian in the modern world, a lot of weight rests on the history of the early church. Even though Jesus predicted the suffering of his followers, it is the belief that his prophecy was proved in the early church that helps give it power.
It is this idea that Christians are always persecuted that makes sense of the argument that disagreement is identical to persecution. It provides the interpretative lens through which to view all kinds of Christian experiences as a struggle between "us" and "them," and elides the difference between hatred and injustice, and sincere disagreement.
It makes collaboration, and even compassion, impossible.
If the ancient story isn't true, then the polarizing modern rhetoric of martyrdom and persecution is rendered highly problematic. Perhaps it is time to embrace the virtues that martyrs embody, without the false history that has grown up around them.
The Myths Behind the Age of Martyrs
By Candida Moss
The Granger Collection "Saint Lucy," by Francesco del Cossa |
For the first three hundred years of its existence, tradition maintains, Christianity was a persecuted and suffering religion. Members were hunted down and executed, their property and books burned by crusading emperors intent on routing out the new religion. Women and children were thrown to the lions and boiled alive in caldrons, as maddened crowds bayed for blood. Jesus, Stephen, and the Apostles were only the beginning.
As Christianity grew, so did the ranks of martyrs. According to the fourth-century historian Eusebius, early Christians were racked, whipped, beaten, and scourged. Tens of thousands were condemned to the amphitheaters to face wild animals, forced to fight gladiators, beheaded, strangled quietly in jail, or burned publicly as a mark of shame.
The history of early Christianity, as we have received it, is a history of victimization and pain. It underwrites the idea that Christians are at odds with their world, engaged in a continuing struggle between good and evil.
As Christianity grew, so did the ranks of martyrs. According to the fourth-century historian Eusebius, early Christians were racked, whipped, beaten, and scourged. Tens of thousands were condemned to the amphitheaters to face wild animals, forced to fight gladiators, beheaded, strangled quietly in jail, or burned publicly as a mark of shame.
The history of early Christianity, as we have received it, is a history of victimization and pain. It underwrites the idea that Christians are at odds with their world, engaged in a continuing struggle between good and evil.
But that narrative has very little basis in the documentary record.
There is almost no evidence from the period before Constantine, traditionally called the Age of Martyrs, to support the idea that Christians were continuously persecuted. That idea was cultivated by church historians like Eusebius and Sozomen and by the anonymous hagiographers who edited, reworked, and replicated stories about martyrs. The vast majority of those stories, however, were written during periods of peace, long after the events they purported to describe. Even those that are roughly contemporaneous with the events have been significantly embellished.
There is almost no evidence from the period before Constantine, traditionally called the Age of Martyrs, to support the idea that Christians were continuously persecuted. That idea was cultivated by church historians like Eusebius and Sozomen and by the anonymous hagiographers who edited, reworked, and replicated stories about martyrs. The vast majority of those stories, however, were written during periods of peace, long after the events they purported to describe. Even those that are roughly contemporaneous with the events have been significantly embellished.
Early Christians, like virtually everyone in the ancient world, expanded, updated, and rewrote their sacred texts. The problem lies not with the use of these texts as religious stories—but with their acceptance as historical records. The account of persecution and martyrdom encoded in these texts makes claims about the motives of non-Christians and the place of Christians in the world. It is easily adopted to justify vitriol and polemic in other contexts.
The Granger Collection "The Martyrdom of Saint Sebastian," | by Hans Memling |
There is no doubt that Romans executed Christians, just as they executed other social and political subversives. There is even evidence to suggest that there were brief periods (AD 257-58 under Valerian and 303-5, Diocletian's tetrarchy) when Christians were deliberately singled out by Roman legislators and administrators. But Christians were not the victims of sustained persecution by the Romans, as has been mythologized in popular imagination. For the vast majority of the pre-Constantinian period, Christians flourished.
They were, as the third-century Christian writer Tertullian tells us, able to succeed in politics, law, and business. They were not hiding, either in the catacombs in Rome or in general. On the eve of Diocletian's Great Persecution—which, beginning in 303, outlawed Christian scriptures, prohibited Christians from meeting, and razed places of worship—a newly erected church nestled across from the imperial palace in Nicomedia in Turkey, a symbol of the confidence of Christians living in the Roman Empire.
Even when Christians were killed by Romans, it was in numbers far fewer than is usually posited, and for a complicated blend of reasons, some social and political, that cannot be straightforwardly described as "religious." In the view of some Roman governors, like Pliny the Younger, Christianity was not a religion at all, but a politically subversive superstition.
Eusebius, and generations of Christians since, have decried the Emperor Decius for his "wicked" and vicious persecution of Christians around 250. Yet none of the Roman evidence for the so-called Decian persecution even mentions Christians. It appears that Decius' attempt to reform the empire was about social uniformity, not about Christianity. Before Decius, the prosecution of Christians was occasional and prompted by local officials, petty jealousies, and regional concerns.
That Christians saw themselves as persecuted is understandable, but it does not mean that the Romans were persecuting them. There is a difference between persecution and prosecution.
The shaky foundations of the myth of persecution will not come as a surprise to most scholars of early Christian history or the classics. Ever since the publication of Gibbon's Decline and Fall of the Roman Empire, the idea that Christians were systematically and continuously persecuted has been eroded by a succession of scholars. But how and why did the mythology develop?
The explosion in martyrdom literature from the fourth century on was due both to the popularity of martyrs and to the ease with which these heroes could be adapted by skilled authors to speak to later theological and ecclesiastical concerns.
It was said in late antiquity that when martyrdom stories were read aloud, the saints were truly present. Martyrs became enshrined in their legends, in texts and architecture. Local stories were solidified in the cult of saints, and the centers of worship that sprang up around those saints attracted worshipers—and thus revenue. The institutionalization of martyrs, and competition among religious centers, required ever more gruesome and dramatic stories.
The visions and miracles that were often added drew the Christian faithful to obscure towns and out-of-the-way shrines. In exchange they offered communion with the memory of victorious heroes; for a brief moment, the divide between heavenly and earthly affairs would disappear. If the shrines presented the opportunity for personal contact with a martyr, the stories provided the narrative and conceptual map for those physical experiences. Claiming friendship with the martyrs led to more pious exaggeration and well-intentioned forgery.
Martyrs were such seductive figures because their willingness to suffer and die made them unimpeachable witnesses and persuasive representatives of the church. Later authors reshaped their saintly protagonists into representations of orthodoxy and proper religious conduct. An anecdote in which a famous martyr denounced a heretic was worth a hundred rational arguments about why that heretical position was wrong. A martyr's support for an individual's candidacy for the episcopacy offered the strongest kind of endorsement.
In the fourth century, for example, Eusebius described how the early Christian bishop-martyr Polycarp once denounced the Roman heretic Marcion as the "firstborn of Satan." The historian later reports how a group of martyrs from Lyons wrote letters to other churches condemning the views of an ancient group of Christians called the Montanists and endorsing the candidacy of Irenaeus, the future bishop of the city. Those anecdotes allowed Eusebius to legitimize the succession of bishops in France and to demonstrate the proper attitude toward religious subversives.
They were, as the third-century Christian writer Tertullian tells us, able to succeed in politics, law, and business. They were not hiding, either in the catacombs in Rome or in general. On the eve of Diocletian's Great Persecution—which, beginning in 303, outlawed Christian scriptures, prohibited Christians from meeting, and razed places of worship—a newly erected church nestled across from the imperial palace in Nicomedia in Turkey, a symbol of the confidence of Christians living in the Roman Empire.
Even when Christians were killed by Romans, it was in numbers far fewer than is usually posited, and for a complicated blend of reasons, some social and political, that cannot be straightforwardly described as "religious." In the view of some Roman governors, like Pliny the Younger, Christianity was not a religion at all, but a politically subversive superstition.
Eusebius, and generations of Christians since, have decried the Emperor Decius for his "wicked" and vicious persecution of Christians around 250. Yet none of the Roman evidence for the so-called Decian persecution even mentions Christians. It appears that Decius' attempt to reform the empire was about social uniformity, not about Christianity. Before Decius, the prosecution of Christians was occasional and prompted by local officials, petty jealousies, and regional concerns.
That Christians saw themselves as persecuted is understandable, but it does not mean that the Romans were persecuting them. There is a difference between persecution and prosecution.
The shaky foundations of the myth of persecution will not come as a surprise to most scholars of early Christian history or the classics. Ever since the publication of Gibbon's Decline and Fall of the Roman Empire, the idea that Christians were systematically and continuously persecuted has been eroded by a succession of scholars. But how and why did the mythology develop?
The explosion in martyrdom literature from the fourth century on was due both to the popularity of martyrs and to the ease with which these heroes could be adapted by skilled authors to speak to later theological and ecclesiastical concerns.
It was said in late antiquity that when martyrdom stories were read aloud, the saints were truly present. Martyrs became enshrined in their legends, in texts and architecture. Local stories were solidified in the cult of saints, and the centers of worship that sprang up around those saints attracted worshipers—and thus revenue. The institutionalization of martyrs, and competition among religious centers, required ever more gruesome and dramatic stories.
The visions and miracles that were often added drew the Christian faithful to obscure towns and out-of-the-way shrines. In exchange they offered communion with the memory of victorious heroes; for a brief moment, the divide between heavenly and earthly affairs would disappear. If the shrines presented the opportunity for personal contact with a martyr, the stories provided the narrative and conceptual map for those physical experiences. Claiming friendship with the martyrs led to more pious exaggeration and well-intentioned forgery.
Martyrs were such seductive figures because their willingness to suffer and die made them unimpeachable witnesses and persuasive representatives of the church. Later authors reshaped their saintly protagonists into representations of orthodoxy and proper religious conduct. An anecdote in which a famous martyr denounced a heretic was worth a hundred rational arguments about why that heretical position was wrong. A martyr's support for an individual's candidacy for the episcopacy offered the strongest kind of endorsement.
In the fourth century, for example, Eusebius described how the early Christian bishop-martyr Polycarp once denounced the Roman heretic Marcion as the "firstborn of Satan." The historian later reports how a group of martyrs from Lyons wrote letters to other churches condemning the views of an ancient group of Christians called the Montanists and endorsing the candidacy of Irenaeus, the future bishop of the city. Those anecdotes allowed Eusebius to legitimize the succession of bishops in France and to demonstrate the proper attitude toward religious subversives.
Scholarship, however, has failed to leave a lasting imprint in popular consciousness. Many Christians continue to interpret individual and communal struggles as part of the traditional history of persecution and the conflict between good and evil. Sometimes that self-concept inspires great courage and heroism, or provides comfort to the suffering. And there are places in the world where Christians—and members of other religious and political groups—face real violence. In such contexts, the language of persecution can prove helpful.
But the rhetoric is too often bandied about in news broadcasts and newspaper articles, proclaimed in political debates, and invoked in sermons. Persecution is easily adapted by powerful individuals and groups as a way of casting themselves as victims, gaining support, and justifying their attacks on others. The malleability of martyrs is especially acute when they are treated en masse. Christians can claim to be oppressed as long as they feel opposed. In terms of the Christian narrative shaped around martyrs, if you are persecuted, you must be right. It's a rather easy trick: If anyone claims to stand in continuity with the martyrs, and if that authenticates their message, they can claim to be right.
The recent presidential election highlights that point well. At a time when politicians choose their words carefully to galvanize support, Rick Santorum was widely quoted for having once said that "Satan is attacking the great institutions of America"; Rick Perry vowed to "end Obama's war on religion." On January 26, 2012, the day that Newt Gingrich said in a debate that he had entered the race for the Republican nomination in order to fight the "war against religion and in particular Christianity," a report emerged of 35,000 people, many of them Christians, being forced to leave their homes in Nigeria by an Islamic group. The mass exodus received far less coverage than Gingrich's statement. Some of that is the result of the American news media's (and people's) interest in national affairs, but it also reflects the extent to which rhetoric has trumped reality.
The rhetoric of war and persecution is not limited to a particular political allegiance. Opinion articles in The Washington Post and The New York Times have accused the GOP and Vatican, respectively, of launching crusades against women. A column by Maureen Dowd last June, for example, described "the Vatican's thuggish crusade to push American nuns—and all Catholic women—back into moldy subservience." In like fashion, a Post columnist decried "the judicial jihad against the regulatory state."
Nor is this only Election Day banter. Cardinal Marc Ouellet, one of the current front-runners for the papacy, has described the church in secular Quebec as persecuted "for telling the truth."
In this understanding of what it means to be a Christian in the modern world, a lot of weight rests on the history of the early church. Even though Jesus predicted the suffering of his followers, it is the belief that his prophecy was proved in the early church that helps give it power.
It is this idea that Christians are always persecuted that makes sense of the argument that disagreement is identical to persecution. It provides the interpretative lens through which to view all kinds of Christian experiences as a struggle between "us" and "them," and elides the difference between hatred and injustice, and sincere disagreement.
It makes collaboration, and even compassion, impossible.
If the ancient story isn't true, then the polarizing modern rhetoric of martyrdom and persecution is rendered highly problematic. Perhaps it is time to embrace the virtues that martyrs embody, without the false history that has grown up around them.
Candida Moss is a professor of New Testament and early Christianity at the University of Notre Dame. Her book" The Myth of Persecution: How Early Christians Invented a Story of Martyrdom" will be published this month by HarperCollins.
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